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histórias

conte sua história!

Esse espaço é dedicado para depoimento de ex-membros sobre o tempo em que fizeram parte da Equipe Reptiles. Tem alguma história para contar? Preencha o formulário no final da página com suas informações e seu depoimento, e ele será postado aqui!

marina moraes

"Uma das experiências mais marcantes e que mais me fez aprender no baja aconteceu na minha primeira competição. Era meu primeiro período no baja e tudo era uma grande novidade. Mas a cada dia eu me sentia mais em casa, mais motivada e aprendendo coisas que nunca imaginaria! As férias pré-nacional foram intensas, o subsistema de eletrônica estava voltando de uma competição difícil, e trabalhamos sem parar para concluirmos tudo até a a competição. Obviamente muitos problemas aconteceram no caminho, mas, se desse tudo certo, não era baja!
 

Quando chegamos na competição, tudo pronto, tudo para dar certo, apresentação na ponta da língua e coração na boca. Nervosismo de caloura a mil! O primeiro dia foi repleto de emoções mas tudo estava encaminhado para fazermos todas as provas dinâmicas, ufa!

No dia seguinte, o carro estava na prova de lama e ai que a coisa complicou. O botão do mata caiu na mão do membro que acompanhava o carro... algo aparentemente simples, mas a regra é clara e fomos eliminados de todas as provas seguintes. Parecia que o mundo tinha caído em cima de mim. Algo do meu subsistema, que eu era responsável, resultou na eliminação da minha equipe. 

Não sabemos quem foi o ultimo a fixar o botão. E, na verdade, isso é o que menos importa. Ali naquele momento eu senti na pele o quanto o trabalho de todo mundo é fundamental e impactante, independente do cargo ou subsistema e aprendi, por meio de um choque, o que era o verdadeiro significado de uma equipe. Mesmo sendo caloura senti a responsabilidade nas minhas costas e o que mais me emociona é lembrar como a equipe fez de tudo para tirar esse peso do meu subsistema. O meu coordenador, capitã e diretor de projeto me fizeram enxergar tudo aquilo como aprendizado, secar as lágrimas, resolver o problema e seguir em frente! Nessas horas que vemos a importância dos nossos atos e do sentimento de família. Algo que pode ter parecido pequeno para eles me fez mudar completamente minha visão sobre o o que era a equipe e me apaixonar cada vez mais pelo projeto. Tudo nosso!"

"O Sentimento baja te faz entender que a equipe é muito mais do que um carro. É entender que o resultado vem com esforço, e que o esforço é enorme! A experiência de participar do baja é única e te faz ficar sem dormir, se estressar e muitas vezes duvidar se você é capaz de alcançar tudo aquilo. Mas no final, você vê que as lágrimas de felicidade e de tristeza te fizeram evoluir e que nada supera a felicidade de ver a sua equipe crescer! O  baja me fez uma profissional e acima

acima de tudo uma pessoa melhor, muito mais preparada e consciente!

E tudo isso só é possível graças às pessoas. Sem a Equipe, as noites viradas, horas passadas no laboratório e os trabalhos sem fim, não seriam tão prazerosas como eram para mim e eu não seria capaz de ver a Reptiles como minha família, e ver o laboratório como minha casa"

gabriel carvalho

DERAM ASAS À COBRA

 

"Essa história começou antes da própria competição, era Etapa Nacional de 2019. Após ter passado por todo período de teste pré competição, nós definimos de botar um setup da CVT focado em velocidade e aceleração pro nacional. Quando chegamos na competição, uma dúvida já existente sobre a capacidade de rampa do Najinha ficou ainda maior quando vimos a rampa da prova de segurança. Então, o Motta e Stélio resolveram deixar um setup plano B já pronto, caso algo de errado acontecesse. 

 

Enquanto a gente não passasse na prova, não poderíamos ir com o carro ligado. Enquanto empurrávamos  o carro até lá, o motor começou a ligar sozinho, então tivemos que carregar o carro com a traseira meio levantada, pra não ter o risco do motor ligar e algum juiz reclamar. 

Enfim chegamos na rampa novamente, e eu estava muito nervoso quando parei de frente pra rampa. Quando o juiz me liberou pra ir, demorei alguns segundos respirando e sentei o pé no acelerador. O carro simplesmente varou a rampa, decolou literalmente, fiquei sem entender nada por uma fração de segundos em que só via o céu e não sentia o contato com o solo. Foi um momento inexplicável. 

 

A aterrissagem não foi das melhores, cai com a parte de trás do carro na rampa, segui pra curva e vala, passando por tudo até que o juiz invalidou a tentativa por ter derrubado um cone. Segui para reiniciar a prova e dessa vez foi sucesso, teve essa pose pra foto passando pela rampa e concluímos a prova. 

 

Depois foi só soltar o grito da garganta e comemorar, dessa vez a Natasha não se deu bem.

Até aí sem problema, fomos para as dinâmicas e a hora de enfrentar a rampa chegou. Primeira tentativa foi um sucesso na rampa, só que essa prova era uma sequência de rampa, curva pra direita e vala, quando chegava na curva/vala a gente travava. Depois de várias tentativas, a CVT esquentou e o carro perdeu a tração de um jeito que não conseguia passar por nada, travava até em um paralelepípedo por menor que fosse. Decidimos ir para o box faltando uns 40 minutos para a prova acabar, trocamos tudo correndo só que a CVT ainda estava muito quente então esperamos o máximo que deu pra esfriar a CVT e partimos em direção da rampa.

lucas vívian

“Uma coisa da qual eu me orgulho muito hoje em dia é que todos os subsistemas, sem exceção, possuem algum veterano ou ex-membro com grandes noções sobre o assunto e capaz de dar conselhos, coisa que naquela época não tinha no subsistema de eletrônica. É incrivelmente difícil você criar algo do zero não tendo muito conhecimento, capital e mão de obra, restando apenas força de vontade.

 

Na minha primeira competição, eu já achava que o carro ficaria com a eletrônica completa, e não apenas com a luz de freio e a chave geral para cuidar, como aconteceu. Apesar de componentes simples, tive a oportunidade de lidar com problemas logo de cara. Uma bateria que não carregava, e, portanto, um carro com luz de freio falhando pronto para ser avaliado na segurança.

Tive que me enfiar no meio da prova de segurança para dar um “jeito” e fazer o carro competir, mesmo sendo um calouro. Apesar de achar que tudo estava resolvido, no Enduro tive novamente a preocupação, e dessa vez a bateria estava completamente morta, e então tive que ir arranjar com outras equipes. O problema foi resolvido e o carro pode voltar para a competição. Foi uma emoção sem igual ter

tido a oportunidade de exercer um papel simples mas ao mesmo tempo crucial - sendo apenas um calouro na Equipe. Ali, eu tinha descoberto o sentimento baja.

 

Dessa competição em diante eu estava determinado a tirar a eletrônica do papel, não importasse o tempo. Isso acarretou um ano e meio depois na melhor eletrônica do Rio de Janeiro e algum tempo depois na top 10 do Brasil.

 

Hoje, posso afirmar que o Baja me transformou numa pessoa totalmente diferente. A paixão pela Equipe, pelo estilo de vida, pelo próprio mini baja, a vontade de estudar e poder defender o seu projeto, perder medo em apresentações e a oportunidade de coordenar membros são apenas alguns dos aprendizados que essa experiência pode proporcionar.

 

Sou muito grato pela confiança estabelecida em mim e nos meus companheiros para tirar o subsistema da churrasqueira do papel.

 

Baja, ame-o ou deixe-o.”

luciana heringer

PRIMEIRA  CAPITÃ

 

Eu fui muito mal no processo seletivo e mesmo assim virei capitã. O que mudou?

 

Quando eu entrei, tinha gente que não queria que eu estivesse ali, e na minha entrevista me falaram que eu não tinha convencido eles. Então, falei para confiarem em mim, que eu iria mostrar que valeria a pena eu estar na equipe. Desde meu primeiro dia lá, decidi sugar todos os conhecimentos possíveis, estar presente no laboratório sempre que podia e mostrar que eles poderiam contar comigo pra qualquer coisa. Eu poderia não saber, mas faria de tudo pra aprender.

Assim, eu fui crescendo, fui me apaixonando pelo projeto e ficando mais confortável com a equipe. E o resto foi fluindo.

 

Me perguntam muito o que eu fiz para ser a primeira capitã mulher da equipe, como foi para chegar até ali, quais foram as dificuldades... Mas acredito que eu fui só a pontinha do iceberg da movimentação de mulheres na equipe. Antes de mim, junto comigo e depois de mim tiveram mulheres incríveis passando pela equipe. E o trabalho de cada uma delas foi mostrando pra todo mundo que nós podemos sim trabalhar nessa área e que somos importante para a equipe.

Então, minha dica é não deixar de fazer nada pela opinião dos outros, se você quer mesmo alguma coisa você pode sim conseguir!”

SAQUAREMA (NATASHA)

 

Quem vê close não vê corre.

Acho que todo bajeiro passa por várias natashas na vida, e acho que uma das piores que aconteceu comigo foi em uma etapa de teste que fizemos em Saquarema. Já era final do dia, começando a escurecer, quando o baja bate em uma parte da pista que não conseguimos ver e faz um barulho de alguma coisa quebrando.

 

Logicamente, saímos correndo como loucos, e quando chegamos perto pra ver, tinha uma roda caída pro lado (o cubo dianteiro estava quebrado), mas até ai ok. Continuamos a dar a volta no carro para ver se tudo continuava bem e então achamos mais um erro: nossa traseira estava estranha (quebramos o eixo da homocinetica também). Começamos a carregar o carro para mais próximo de onde estava estacionado o nosso reboque (uma strada branca) e quando chegamos perto começamos a desmontar a suspensão enquanto o Gabriel foi buscar o carro.

 

2 minutos depois.... o Gabriel foi tentar entrar na pista e atolou o nosso reboque. A galera se dividiu e uma parte foi tentar ajudar o Gabriel a chegar no carro.

 

Quando tudo parecia voltar ao normal, carro desatolado, o baja desmontado e já na estrada, a gente já começando a arrumar as ferramentas para voltarmos e… A caixa de ferramenta cai no chão toda aberta esparramando coisa para todos os lados. Lembra que estava escurecendo? Pois é, foi só alegria.

 

Pra terminar, eu só não poderia deixar de agradecer ao senhor (morador ali da região) que pegou sua cadeira de praia, uma cervejinha e sentou do nosso lado para ver o nosso desastre. Sem ele, não teríamos conseguido.

 

E você, qual foi a sua maior Natasha?”

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Obrigado pelo depoimento!

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